Nos últimos semestres os casos de repressão só tem
aumentado, professores sendo perseguidos politicamente e afastados do cargo;
estudantes sendo proibidos de se organizar em grêmios e entidades estudantis, o
que deveria ser respeitado já que foi conquistada a lei nº 7.398/1985, mais conhecida como lei do
grêmio livre.
Em colégios das mais distintas regiões a história se repete,
na zona oeste, estudantes são ameaçados constantemente, intimidados e são
oferecidos “prêmios” para que deixem a luta de lado. Na Zona norte, diferentes
direções tentam proibir a organização do grêmio estudantil.
Não bastasse toda a precarização do ensino público, o
governo vem apresentando duas novidades que fere ainda mais o direito e a auto
estima dos jovens, o novo uniforme e o policiamento dentro dos colégios. A fim
de transferir responsabilidades e não resolver o problema, o governo do Estado
resolveu mudar os uniformes da rede estadual.
O que não apresentaria problema algum. No entanto, nesses uniformes
conterão dados do colégio. Os alunos “bons” estudarão nas melhores unidades,
com os professores mais destacados segundo a politica meritocratica do
economista secretário de educação. Os alunos com menor rendimento escolar
estudarão em colégios com menor estrutura. Numa clara demonstração de
segregação, irá se separar os diferentes, algo bem familiar com a Alemanha
nazista de Hitler.
Usando do argumento de que os estudantes precisam de
segurança dentro do colégio. Foi implementado o policiamento dentro de diversas
unidades escolares. Segundo um aluno que vive essa realidade, o policiamento
acabou com a liberdade dos alunos, os policiais entram armados no colégio e tem
autorização para revistar quem quiserem.
Colocar policiais dentro do colégio é não só mascarar os problemas que
estamos vivendo, a função dessa entidade dentro das U.Es é também tentar desarticular
qualquer iniciativa estudantil, organização dos grêmios, e qualquer luta que
possa garantir um colégio e uma educação melhor.
Abaixo segue uma entrevista com um estudante que teve seu
colégio invadido por policiais;
UMES:Nos últimos dias o governo iniciou um projeto que coloca policias armados dentro da escola, o que você acha disso? na sua escola já foi implementado?
Estudante(Sarah Kubitschek): Sim , eu acho decadente essa ação do governo. Por que estamos dentro de instituições de ensino, ou seja deveria estar a favor da educação. Em todo os lugares o que vemos são câmeras e mais câmeras e policiais com armas de fogos oprimido e invadindo cada vez mais nossa privacidade
UMES vocês perderam a liberdade dentro do espaço escolar?
Estudante: Bom e certos aspectos sim, pois eles(o governo) no caso não se comunicaram com a gente, não fomos comunicados de nada nem fomos avisados, não perguntaram nossa opinião. Os policias ficam rodando a escola, mas é meio intimidador, você olha para os lados e vê policiais armados com armas letais andando para lá é para cá e é claro que perdemos um pouco de nossa liberdade já não somos mais como antes.
UMES: você acha que isso pode afetar o aprendizado dos alunos? já que a presença dos policias pode causar medo?
Estudante: Bom o aprendizado pode ser afetado também, afinal a escola é lugar de aprender e multiplicar essa aprendizagem, lugar de debates aonde possamos expressar opiniões. Os alunos podem ficar oprimidos em relação a debates e manifestações dentro do colégio, como por exemplo, os eventos do grêmio que evolve muitos debates. Certas situações que alunos podem sim se sentirem oprimidos até envergonhados isso tudo levando a prejudicar o ensino.
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