segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Brasil é o quarto País mais violento para adolescentes


Pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), realizada em parceria com a Unesco, revelou que o Brasil ocupa a quarta posição na lista dos países mais violentos para crianças e adolescentes no mundo, ficando atrás apenas de El Salvador, Venezuela e Guatemala.
Nos últimos 30 anos, o número de assassinatos de crianças e adolescentes na faixa etária entre 0 e 19 anos cresceu 346%; são registrados por dia cerca de 55 homicídios de crianças e adolescentes nessa faixa de idade. No primeiro semestre de 2012, já foram registrados mais de 500 homicídios de crianças e adolescentes no Estado de Alagoas, onde em 2011 houve 882 casos, constituindo-se esse o Estado mais violento do País para as crianças e adolescentes, seguido pelo Espírito Santo e a  Bahia.
Os dados apresentados também confirmam um diagnóstico feito recentemente pela Anistia Internacional. Segundo Átila Roque, diretor-executivo no País, “o Brasil convive, tragicamente, com uma espécie de ‘epidemia de indiferença’, quase cumplicidade de grande parcela da sociedade, com uma situação que deveria estar sendo tratada como uma verdadeira calamidade social. Isso ocorre devido a certa naturalização da violência e um grau assustador de complacência do Estado em relação a essa tragédia”.
Para os pesquisadores, as crianças e jovens vítimas dessa violência são em sua maioria oriundas das regiões mais pobres das grandes aéreas urbanas do Brasil, e a maioria dessas mortes está relacionada direta ou indiretamente com o uso e o tráfico de drogas. A pesquisa ainda indica que a maioria desses jovens não frequenta regularmente a escola e mostra que é alarmante o descaso do poder público com a situação da juventude brasileira.
Enquanto faltarem vagas nas universidades públicas, enquanto faltarem empregos e qualificação profissional, enquanto não houver uma política séria de combate as drogas, por parte do poder público, continuaremos a viver essa triste realidade.

domingo, 12 de agosto de 2012

UMES RIO PARTICIPA DE ATO PELOS 75 ANOS DA UNE


  Na tarde de hoje, aconteceu na sede da UNE, no Flamengo, a comemoração dos 75 anos da entidade. O dia do estudantes foi marcado com um ato que contou com alguns dos ex-presidentes da entidade que atuaram no período da ditadura militar, e são importantes para retomar um pouco da história de lutas dessa entidade. Na decoração, uma homenagem há alguns militantes mortos durante a ditadura militar, entre eles, Honestino Guimarães, ex presidente da UNE, desaparecido em 1973, porém seu óbito só foi oficialmente reconhecido em 1996.
 
  Ao analisarmos o contexto histórico em que a União Nacional dos Estudantes está inserida, tanto por ter sido fundada ainda no Estado novo, e vir se consolidando na ditadura militar brasileira, dois momentos de repressão e censura. E sempre dando resposta com a luta, indo as ruas, assim como a UBES, veremos que a UNE tem papel fundamental mobilizador dos estudantes para os diversos processos que nosso país viveu. Entre eles, destacam-se, a criação da Petrobrás, a passeata dos 100 mil e as denúncias contra os acordos mec-usaid( de privatização da educação).

 Atualmente ao nos depararmos com um processo de sucateamento da educação, a privatização é anunciada como "solução" para os problemas e precariedades enfrentados. No entanto, ela só prejudica os estudantes com políticas que visam beneficiar cada dia mais o empresariado. O Pronatec e o Prouni são apenas alguns exemplos do que é o dinheiro público sendo gasto com  "empresas" de ensino(algumas chamadas de faculdades). A bandeira histórica do movimento estudantil sempre foi de livre acesso a universidade pública. O custo de um aluno matriculado em uma universidade particular pelo prouni, garantiria 3 estudantes nas públicas. Por isso, devemos exigir o livre acesso dos jovens à educação, com o fim do vestibular! E o investimento de 10% do PIB para educação pública já!
  
 Diante do acirramento das crises econômicas que se espalham por todo o país, e deixam cada vez mais vítimas; pais desempregados, estudantes sem acesso a educação e famílias inteiras sem garantia de seus direitos básicos. Os trabalhadores e estudantes tem se levantado contra medidas que prejudicam o povo, neste momento é ainda mais importante não só comemorar os 75 anos a União Nacional dos Estudantes, mas ter a certeza de que essa entidade, que participou de momentos históricos no nosso país, voltará para seu caminho de lutas, e  terá uma direção majoritária que realmente esteja comprometida com a  luta dos  estudantes, que os represente através das suas bandeiras históricas, contra as privatizações e em defesa de um modelo de sociedade mais justo.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O CONGRESSO DA UMES RIO


No ano passado, diversos estudantes inconformados em não terem uma entidade municipal no Rio de Janeiro que verdadeiramente os representassem, resolveram fundar a UMES Rio de Janeiro. Era preciso uma entidade que rompesse com comodismo e revisionismo no movimento estudantil no município. Com muita luta a UMES foi criada para dar resposta a demanda dos estudantes na capital. 



Passados 9 meses de sua fundação e organização de uma comissão pró UMES, a entidade terá seu primeiro congresso em Setembro. Serão eleitos os estudantes que irão dirigir a entidade pelos próximos 2 anos. Durante esse tempo de existência, a entidade veio ganhando força e apoio dos estudantes.


Venha construir o congresso da UMES com a gente! 

domingo, 5 de agosto de 2012

Só a luta vai garantir os 10% do PIB para a Educação


A Câmara dos Deputados aprovou no dia 26 de junho o texto do Plano Nacional de Educação (PNE), encaminhado por seu relator, o deputado federal Ângelo Vanhoni (PT-PR). A discussão na sala da Comissão de Educação foi acalorada, com a presença de mais de 300 estudantes, pois se percebia a tentativa do Governo Federal em atrasar a votação ou mesmo de derrotar o movimento educacional, que defendia a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no orçamento da Educação pública.
O resultado é que a pressão dos estudantes se fez valer, e a proposta dos 10%, defendida na ocasião pelo deputado Paulo Rubem (PDT-PE), foi aprovada por uma unanimidade constrangedora para o Governo.
Cada estudante que foi às ruas Brasil afora, cada estudante que passou numa sala de aula fazendo um discurso, que recolheu assinaturas de abaixo-assinado, que ocupou bandejão ou Reitoria, que pressionou as autoridades no MEC, no Congresso Nacional, numa Assembleia Legislativa em seu estado, cada estudante que fez greve (neste momento, são mais de 25 universidades federais em greve estudantil no país), contribuiu imensamente para esta conquista.
Porém, não podemos esquecer que esta foi apenas uma primeira vitória. A aprovação em comissão da Câmara se deve à grande pressão popular, mas nada está garantido. A votação ainda vai para o Senado, volta para o plenário do Congresso e depois ainda tem que passar pela sanção presidencial.
Lembremos que, no último PNE, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), vetou o trecho que instituía 7% do PIB para a Educação, e que Lula (PT) manteve o veto durante seu mandato.
É momento de fortalecer as entidades e a organização estudantil, que, por seu peso numérico, por sua história de combatividade e rebeldia, podem decidir este jogo em favor da Educação brasileira.
Além disso, mesmo depois de todas as etapas vencidas, o PNE tem um período de execução de dez anos. Até lá, até sair dos cerca de 4% atuais para os 10% defendidos pelo movimento, e até que os investimentos (um incremento de mais de R$ 85 bilhões no orçamento da Educação) passem a surtir os efeitos esperados, será um longo caminho.
Também não foi dito de onde sairá o dinheiro. Serão necessárias ainda muita fiscalização e cobrança para efetivar o investimento, porque é preciso trazer para a prática as promessas e discursos, tornando-os investimentos concretos. Lembremos que mais de 4,5 milhões de jovens se inscreveram no Enem 2012 para pouco menos de 200 mil vagas oferecidas.
E não podemos esquecer dos cerca de 15 milhões de brasileiros (aproximadamente 9% da população com mais de dez anos, segundo o IBGE) que são analfabetos, o que, se somados àqueles que apenas sabem escrever o próprio nome e realizar simples operações matemáticas ou mesmo não conseguem interpretar um texto corretamente, chegam aos 40% da população. Uma vergonha com a qual o Brasil convive há décadas e que não pode mais ser tolerada.
O Governo já deixou claro que tem outras prioridades, como o pagamento fiel dos juros da dívida pública e as isenções fiscais aos grandes monopólios industriais e ao agronegócio, e tentará se rearticular para barrar os 10%.
É tempo de lutar e conquistar!
União da Juventude Rebelião (UJR)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

PCR desmente Cláudio Guerra, assassino da Ditadura Militar


Cláudio Guerra, assassino confesso da Ditadura Militar, escreveu o livro Memórias de uma Guerra Suja no qual mente descaradamente sobre os covardes assassinatos dos dirigentes do Partido Comunista Revolucionário (PCR) durante os anos de chumbo. O objetivo das mentiras do matador é proteger alguns dos seus colegas de profissão, despistando assim, a Comissão da Verdade.
Temendo que o crescimento do movimento reivindicatório e político das classes trabalhadoras ameaçasse os fabulosos lucros dos seus monopólios e desapontados com a negativa do governo João Goulart de apoiar a intervenção militar em Cuba no ano de 1961, o governo dos EUA passou a trabalhar diuturnamente para derrubar o governo brasileiro.
Para alcançar o sucesso nesta criminosa empreitada, os grandes capitalistas dos EUA e do Brasil aliciaram os generais, políticos, cardeais e os donos de jornais, rádios e TVs mais reacionários do país.
Para esmagar a resistência da juventude e do povo, colocaram os tanques nas ruas, fecharam o Congresso Nacional, O CGT, a UNE, a UBES, cassaram os mandatos de políticos, promotores e juizes de esquerda, seqüestraram, encarceraram, assassinaram sob torturas, ocultaram cadáveres e exilaram as principais lideranças do povo brasileiro.
Para garantir a longevidade da primeira e mais longa ditadura da América Latina (1964-1985), as Forças Armadas se acercaram do que havia de mais podre no seu próprio seio e nas entranhas dos esquadrões da morte alojados nas polícias civil e militar.
Um desses policiais bandidos, de natureza nazifascista, que atende pelo nome de Cláudio Guerra, de Vitória (ES), hoje com 73 anos de idade, resolveu falar e contar, segundo ele, tudo que sabe (será mesmo?) sobre os chamados anos de chumbo. Seu depoimento, dado aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, foi publicado no livro Memórias de uma Guerra Suja (Top books Editora, Rio de Janeiro, 2012).
“Matador frio e implacável”
É assim que os próprios jornalistas classificam o seu entrevistado. Porém, complacentes, não acrescentam o epíteto de covarde e mentiroso. Em momento algum, o policial a serviço dos generais fascistas no Brasil, agora travestido de pastor, relata algum confronto em que tenha enfrentado cara a cara suas vítimas, os patriotas, os comunistas ou religiosos. Matando sempre pelas costas, em emboscadas, em ações de surpresa, para dar um “tiro de misericórdia em quem já estava agonizando”. Mentira. Na verdade, todas as suas vítimas políticas, sem exceção, foram extremamente torturadas até a morte, muitas delas estupradas, tudo com o objetivo de arrancar informações sobre a organização dos revolucionários e da resistência armada à ditadura e tentar converter algum resistente em delator e até em agente policial. Esta foi a via crucis a que todos os revolucionários seqüestrados foram submetidos, depois do surgimento do DOI-CODI no final de 1969. O ex-delegado fascista omite propositadamente todos os casos de seqüestros e torturas de que participou porque sabe que estes crimes são imprescritíveis por sua natureza de lesa-humanidade, assumindo somente os crimes de assassinatos que já prescreveram por terem sidos praticados há mais de trinta anos.
Logo após o fim da ditadura, Cláudio Guerra se transformou em matador de aluguel à disposição dos patrões capixabas para eliminar lideranças sindicais rurais e urbanas. Matou a própria mulher e uma cunhada e jogou os corpos no lixo no início dos anos 80. Este é o perfil de um perigoso criminoso, de um monstro criado e cevado pelo governo militar, que agora anda de Bíblia na mão, se passando por pastor para tentar ludibriar A Comissão da Verdade e os familiares dos mortos e desaparecidos políticos, todos no encalço daqueles que torturaram até a morte e sumiram com os corpos dos seus entes queridos e abnegados heróis da causa da liberdade, da justiça e do socialismo.
No início dos anos 70, Claudio Guerra era delegado da polícia civil em Vitória (ES), envolvido com esquadrões da morte e com o jogo do bicho. Unificou as bancas para melhor controlá-las e matou os bicheiros que não aceitaram sua truculenta liderança.
Mercenário da repressão política do Estado
No final de 1972, o Procurador Federal no Espírito Santo, Geraldo Abreu (as procuradorias eram órgãos de apoio e articulação da perseguição à oposição do governo militar), apresentou Cláudio ao comandante-maior da repressão política, o coronel do exército Freddie Perdigão Pereira. Esta macabra parceria resultou em 15 anos de crimes hediondos, como mortes sob torturas, seqüestro e desaparecimento dos corpos de inúmeros militantes políticos de oposição ao regime militar, até hoje impunes, entre os quais o réu confesso e ainda em liberdade, Cláudio Guerra, assume os seguintes:
Execução de Nestor Veras (PCB), Ronaldo Moutinho Queiroz (ALN), Merival Araújo (ALN), Almir Custódio de Lima, Ramires Maranhão do Vale e Vitorino Alves Moitinho (PCBR), Manoel Lisboa de Moura, Emmanuel Bezerra e Manoel Aleixo (PCR).
Incineração dos corpos de 10 militantes mortos sob tortura na Casa de Petrópolis (“Casa da Morte”), entre os quais identifica: Joaquim Pires Cerveira, David Capistrano, Luiz Ignácio Maranhão Filho e Fernando Santa Cruz. Seus corpos teriam sido incinerados no forno da Usina Cambahyba, situada no Município de Campo dos Goytacazes, pertencente a Heli Ribeiro Gomes, que foi vice-governador do Rio de Janeiro no período 1964-1971 e grande amigo das autoridades militares.
Com a “abertura lenta, gradual e segura” anunciada pelo ditador-presidente, general Ernesto Geisel, Cláudio e os demais agentes da repressão política passaram a planejar e realizar atentados e atribuí-los à esquerda, a fim de abortar a redemocratização: incêndio de bancas de jornal, explosão de bombas em órgãos de imprensa, OAB, Cine-Teatro Apolo 11 em Cajazeiras (PB) e o que seria a grande ação (Riocentro), na qual os terroristas se frustraram, tendo a bomba explodida no colo de um deles.
Amigo e parceiro do mais facínora de todos, o delegado Sérgio Paranhos Fleury, chefe do DOPS, torturador da Operação Bandeirantes (OBAN) e do DOI-CODI, órgãos de captura e tortura de comunistas do II Exército em São Paulo, Cláudio não hesitou em votar por seu assassinato, como queima de arquivo, e só não participou diretamente da execução porque o plano foi mudado.
Mentiras sobre heróis do PCR
Em relação à execução dos dirigentes do PCR, Cláudio Guerra mente descaradamente. Por que razão? Talvez para proteger alguns dos seus colegas da macabra profissão, despistando assim, a Comissão da Verdade, os familiares e o Partido sobre o encalço dos verdadeiros responsáveis por seus suplícios e mortes. Vejamos:
Manoel Aleixo da Silva. Cláudio Guerra conta que recebeu passagens Rio/Recife/Rio do SNI (Serviço Nacional de Informação) para matar um líder importante, que depois identificaria como sendo Manoel Aleixo. Teria sido levado a um bairro, que não sabe qual é, encontrou Aleixo caminhando na rua. Ele estava sozinho, desprevenido. Passou por ele como quem não queria nada. Atirou, ele caiu. “Para mim, estava morto. Tiraram-me dali. Sumiram com o homem. Não tenho explicação sobre esse sumiço”.
A verdade: Manoel Aleixo (1931-1973), é sua própria companheira Izabel Simplício da Conceição quem relata, foi seqüestrado de sua própria casa no dia 29 de agosto de 1973. Levado para o DOI-CODI do IV Exército foi torturado e morto, sem entregar ninguém, provamos isto porque cobrimos o ponto marcado no interior da igreja católica de Ribeirão, dias depois do seu seqüestro, sem que nada acontecesse. Os responsáveis diretos pelas sevícias e assassinato foram Sérgio Paranhos Fleury, o delegado Moacir Sales de Araújo (diretor do DOPS-PE), o delegado José Oliveira Silvestre, o torturador da polícia civil Luís Miranda, o então capitão de exército Vilarinho Neto e o Major Gabriel Antônio Duarte Ribeiro, ambos ainda vivem em Recife e deveriam ser interrogados pela Comissão da Verdade. O IV Exército, como era de costume, divulgou a mentira de que Aleixo morrera durante tiroteio com os órgãos da repressão política em Ribeirão, zona canavieira de Pernambuco. A versão de Cláudio Guerra desmente a do IV Exército, mas o bandido também mente. Naturalmente, na lógica da repressão, um líder importante como Manoel Aleixo, dirigente histórico das Ligas Camponesas, responsável pelo trabalho no campo do PCR, teria de ser capturado vivo e torturado para tentar extrair informações sobre o partido, as quais ele não deu e por isso mesmo foi morto. Não tinha sentido trazer um policial do Rio só para atirar em Aleixo, sem qualquer tentativa de aprisionar e interrogar um importante comunista revolucionário.
Manoel Lisboa de Moura. Manoel Lisboa (1944-1973), alagoano, fundador e dirigente maior do PCR, foi seqüestrado na Praça Ian Fleming, no Rosarinho, em Recife no dia 16 de agosto de 1973. Poucos dias depois, Maria do Carmo Tomáz, operária da Fábrica Torre, também militante do PCR, foi presa e colocada frente a frente com Manoel. Ela relata: “estava totalmente nu, com muitos hematomas, semi-paralítico, apenas me olhou e falou: sei que a minha hora chegou,só peço que continuem o trabalho do Partido. Depois, fiquei numa cela vizinha ouvindo seus gritos. Certo dia, já no começo de setembro, o próprio torturador Fleury, diante das grades da minha cela, comemorou a morte de Manoel comentando com euforia – Manoel Lisboa vocês não o terão mais nunca”. Na estória inventada pelo próprio Cláudio, o delegado José Silvestre entregou Manoel a Fleury e ele já estava mal por causa da tortura. Como poderia ir a um bar em Vila Moema em São Paulo se encontrar com Emmanuel Bezerra quando o ponto de encontro ambos estava marcado em Recife no dia 15 de setembro, quando voltaria da sua missão no Chile e Argentina? Mesmo assim, na invenção de Cláudio Guerra, ambos estariam conversando em São Paulo até serem eliminados a tiros por Cláudio, Paulo Jorge e Pejota, levados diretamente de Vitória apenas para essa missão. História sem pé nem cabeça.
Emmanuel Bezerra dos Santos. Emmanuel Bezerra (1943-1973), potiguar de Caiçara (RN), foi presidente da Casa de Estudante de Natal, liderou a bancada dos delegados estudantis do Rio Grande do Norte ao XX Congresso da UNE em Ibiúna (SP), era integrante da Comissão Executiva da Direção Nacional do Partido e responsável pelo trabalho do PCR em Alagoas na clandestinidade e muito provavelmente foi capturado pela “Operação Condor”, durante a missão que cumpria no Chile e Argentina. Foi torturado até a morte nas dependências do DOI-CODI de São Paulo sem que os carrascos fascistas tivessem o prazer de saber, sequer, a casa e a cidade onde Emmanuel residia, Maceió. Seu corpo foi encontrado na mesma cova do cemitério de Campo Grande de São Paulo para onde Manoel Lisboa fora levado; ambos foram enterrados como desconhecidos. De nada adiantaram as monstruosidades e as mentiras para caluniarem suas heróicas trajetórias de comunistas revolucionários e despistarem seus familiares e camaradas. Os restos mortais de Manoel Lisboa e Emmanuel Bezerra foram localizados e identificados, graças à Comissão dos Familiares de Mortos e Desaparecidos, que depois de rigorosa análise do laboratório da UNICAMP, tivemos a honra de sepultá-los como heróis junto aos seus familiares no Rio Grande do Norte e em Alagoas.
Ainda, do mesmo modo cruel e bárbaro foram sacrificadas as vidas de Amaro Félix Pereira, que foi dirigente das Ligas Camponesas e seqüestrado e torturado até a morte sem entregarem o seu cadáver até hoje, e de Amaro Luiz de Carvalho, histórico dirigente das Ligas, do movimento sindical, fundador do PCR em maio de 1966, com curso de formação política e militar em Cuba e na China e foi assassinado no pátio da Casa de Detenção do Recife em 21 de agosto de 1971, por determinação dos usineiros José Lopes de Siqueira, Júlio Maranhão e o diretor do da Detenção, coronel da PM, Olinto Ferraz.
Estes e todos os heróis do povo brasileiro, como Carlos Marighella, Maurício Grabois, Paulo Stuart Wright, David Capistrano, Mário Alves, Fernando Santa Cruz, Joaquim Seixas, Soledad Barret, Padre Henrique, entre tantos outros, serão sempre a nossa eterna referência e fonte de inspiração na luta pela emancipação do nosso povo trabalhador e pela independência verdadeira da nossa pátria e pela solidariedade com os povos explorados e oprimidos do mundo pelo capital imperialista.
Pela imediata prisão do criminoso Cláudio Guerra
Diante da gravidade das denúncias deste perigoso criminoso da ditadura, o torturador, assassino e ocultador de cadáveres, Cláudio Guerra, vimos exigir do governo brasileiro a sua prisão imediata, até ser julgado e condenado exemplarmente pela autoridade competente. Se tal prisão e a tomada de depoimentos não ocorrer imediatamente, este réu confesso poderá evadir-se, ou pior ainda, ser assassinado pelos seus antigos comparsas a qualquer hora dessas.
Segundo os cientistas sociais que estudam as causas dos elevados índices de violência na sociedade de hoje e especialmente nos presídios e delegacias tem a ver com a flagrante impunidade, já há décadas dos torturadores dos presos políticos da ditadura militar.
Cláudio Guerra não apenas assume uma parte importante dos seus crimes (apenas atirava e matava?), como aponta outros executores e chefes mandantes, apesar de quase todos mortos, não havendo como serem ouvidos e comprovadas ou não as suas informações).
Confirma tudo o que os militantes sobreviventes haviam denunciado: torturas, assassinatos, sumiço de cadáveres, arrecadação de finanças entre empresários, colaboração de artistas, de setores conservadores da Igreja Católica, etc. É réu confesso. Não lhe cabe, nem a nenhum desses criminosos de lesa-humanidade, o benefício da anistia. Este é o posicionamento unânime da ONU, de todos os órgãos de defesa dos direitos humanos, nacionais e internacionais. Agora a Comissão da Verdade tem a missão apenas de investigar, mas não pode punir.
Porém a organização e a mobilização da juventude e do povo trabalhador devem continuar se inspirando na força do sonho coletivo e na esperança de mudança radical da sociedade pela qual caíram em combate os nossos heróis.
Pela imediata prisão e condenação, do perigoso criminoso da ditadura, Cláudio Guerra!
Aos heróis da resistência armada à ditadura, que deram suas vidas pelo povo brasileiro, toda a honra e toda a glória, agora e sempre!
Edval Nunes Cajá*, Recife, com colaboração de Luiz Alves
*Membro do comitê central do PCR
Jornal A Verdade

segunda-feira, 11 de junho de 2012

UMES PARTICIPA DO 2º ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ESCOLAS TÉCNICAS

Nos dias 7,8 e 9 de Junho, ocorreu em Petrolina-PE o 2º ENET que elegeu a nova diretoria da FENET( Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico). Os debates tiveram temas como: movimento estudantil, Rio + 20, Pronatec, combate a homofobia, drogas etc. O encontro contou com a participação de 900 estudantes da área técnica.   

A UMES Rio marcou presença no ENET, reafirmando a importância do investimento na educação pública com a destinação de 10% do PIB para esse setor. E discutindo os principais problemas que afetam os jovens em nosso país. O Papel fundamental e histórico do movimento estudantil é a defesa da educação pública com uma assistência estudantil, contra a privatização da educação e pela soberania nacional, dessa forma a FENET é a entidade que discute a raiz dos problemas que do ensino técnico no país. 








terça-feira, 5 de junho de 2012

Lugar de estudante é na luta!

Na última quarta, 30, estudantes de vários colégios se uniram em uma passeata que foi da candelária até a ALERJ. Devido as condições dos colégios estaduais e a precarização do ensino, alunos exigiam mais verba para a educação e o fim da repressão nos colégios. Com os projetos do governo de implementação de policiais e fechamento de escolas, a luta tem que ser ainda maior.

Recentemente temos presenciado uma grande repressão aos movimentos sociais, principalmente ao movimento estudantil, no C.E. Leopoldina da Silveira, uma estudante do 2º ano do turno diurno, foi forçada  a estudar a noite, devido sua participação no boicote ao saerj, e  por estar se organizando e lutando por uma educação de qualidade. Com o policiamento, diversos problemas tem aumentado, inclusive a violência, que agora é da polícia com os estudantes. Agressões físicas, verbais e até colocando a vida de alunos em risco, ao esquecerem uma arma no banheiro do colégio I.E Julia Kubitschek.

Devido a esses problemas os estudantes junto com UMES Rio foram as ruas lutar contra a repressão dentro das escolas e por um espaço mais democrático, aonde os grêmios e os alunos possam se manifestar livremente. A UMES Rio se coloca a disposição nessa e em toda luta que agregue os estudantes em defesa daquilo que nos é direto, a educação de qualidade.  

domingo, 27 de maio de 2012

Entrevista com presidente da comissão pró UMES



Entrevista contando um pouco da história do movimento estudantil, fazendo paralelo com a atual situação da organização estudantil no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Todos as Ruas em defesa de nossos direitos!


 

 Você é contra o policiamento nas escolas ? Acha que o governo deveria investir em professores ao invés de policiais?










Suas passagens não duram nada, mal garantem sua ida e volta a casa? Você acha que seu passe deveria ser livre e irrestrito?









Obrigam você a fazer a avaliação do SAERJ na sua escola? Você só vê a qualidade do seu colégio piorar? Você é contra o método de avaliar que utilizam nessa prova?








Você é estudante, conquistou uma lei que garante a meia entrada em estabelecimentos como: teatro,cinema, clubes de futebol, vai aceitar que roubem sua meia entrada na copa do mundo?






Seu colégio está pior a cada ano que passa. Prova disso é o investimento que hoje temos na educação, cerca de 2,89% do PIB é investido no setor educacional de todo o Brasil, enquanto 45% é para pagar juros e amortizações de uma dívida que não é do povo, nem dos estudantes. 















Por todos esses motivos convidamos a todos os estudantes a participarem da passeata que ocorrerá no dia 30/05( Próxima Quarta-feira), as 13h na Candelária. Só a luta por uma educação de qualidade e a garantia dos nossos direitos poderá nos dar conquistas.



"Se o presente é de lutas, o futuro nos pertence" 
Che Guevara